Na madrugada desta quarta-feira (02), um ato de vandalismo chocou a comunidade de Valente, na zona rural do município, quando o carro do vice-prefeito Zé de Zeli, do partido Podemos, foi incendiado em frente à sua residência. O incidente ocorreu em um momento delicado, uma vez que Zé de Zeli recentemente rompeu politicamente com o prefeito Ubaldino Amaral, do Avante, intensificando as tensões políticas na região.
Segundo relatos, o veículo foi consumido pelas chamas enquanto estava estacionado próximo à igreja local, um espaço de grande movimentação na comunidade. O vice-prefeito, visivelmente abalado, expressou sua revolta em relação ao ato criminoso, sugerindo que o incêndio pode ser uma retaliação ao seu rompimento político com o prefeito.
"Não posso afirmar quem cometeu esse ato criminoso, mas é evidente a perseguição que venho sofrendo desde o rompimento. Não compactuo com a violência na política. É inadmissível que, ainda hoje, vivamos como se estivéssemos no tempo dos coronéis", declarou Zé de Zeli, ressaltando sua preocupação com a escalada da violência política na região.
A polícia local já iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias do incêndio, mas até o momento, não há informações sobre possíveis suspeitos ou prisões. O incêndio acontece em um contexto de crescente polarização política, especialmente após um comício e uma carreata realizados pelo grupo político do prefeito no mesmo distrito onde o vice-prefeito reside.
A população local está em alerta e muitos expressam preocupação com a segurança na comunidade, já que o incidente pode sinalizar uma deterioração do ambiente político. A situação levanta questões sobre a integridade e a liberdade de expressão em um cenário onde a violência parece se tornar uma resposta às divergências políticas.
A comunidade de Valente aguarda ansiosamente por respostas das autoridades e espera que o caso seja resolvido rapidamente, garantindo que a política local possa ser conduzida de forma pacífica e respeitosa. O incidente é um lembrete sombrio de que a política, em algumas circunstâncias, pode se transformar em um campo de batalha, onde o diálogo e a democracia são ameaçados por ações violentas.